inúmeras vozes narram
o inumerável; ausências castas
sobre as quais se encaminha
a madrugada
a noite é tão mais escura à noite
tão mais fria
a dimensão do escuro
não cabe em si mesma
e talvez por isso nos falte
compreender
a imensidão da noite
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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5 comentários:
"inúmeras vozes narram
o inumerável; ausências castas
sobre as quais se encaminha
a madrugada"
isso é tão uma crítica velada à noite como tema poético clichê de 'pessoas castas'; e este teu 'ausentes' me soa tanto como 'vazias' que é um insulto enorme.
terminar dizendo que ela não cabe em si e que jamais compreenderemo-la:
você põe a noite como inapreensível e declara a impossibilidade de qualquer outro poema depois deste: é a arte matando a arte.
acho essa tua postura muito ultrapassada, patas. só diminui o mundo.
eu nao entendi pq voce resolveu retomar temas bíblicos no seu poema....meio ultrapassado, não acha?
Essa aceitação de um infinito inexplicavel mata a subjetividade de tudo, mas em tremos parnasianos me amarrei no poema.
andré fica quieto, tu é móh autoritário!
lili, pelo seu comentario acho q nao me fiz entender...
e arthur, preciso pensar a respeito
cara, eu gostei mesmo, apesar de concordar em partes com a crítica do A.
mas acho que faltou corpo, encaixe mesmo. eu não consegui fazer ele fluir muito bem na minha leitura.
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