terça-feira, 28 de junho de 2011

Campanha solitária



Não use drogas
não se envenene
doe sangue

pra quem precisa
pra quem carece
de sustânça ou vitaminacê...

Não chore
não fale
não converse

doe sangue
a cada atividade
da sua rotina
(e cada gota à sua menina).

Nas veias correm hemácias
mas também espírito:
muito pouca chance

de você viver pra sempre.
Nem o sangue é perene
se ele jorra, aproveite

sangue bom é o que circula.


domingo, 26 de junho de 2011

formas elementares

rosto emoldurado
quadro tridimensional
uma nesga de realidade no seu queixo largo;
você cisca cisca migalhas de amor
enquanto eu jogo pedrinhas
e você não vem.

domingo, 12 de junho de 2011

Caos

                                                          s


                    c

                                                                                                          .


                                   o


                                                   a

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ladainha

seus olhos não sei
se me lembram o mar,
pela fúria,
ou mel, pela cor...

mas é certamente
pela dor
que eles me fazem tão mal.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Enfim, tragédia

( ou De como nasceram os jogos de gladiadores)



Dois viajantes/comerciantes encontram uma mulher numa caverna (?) e ela era linda e eles eram pai e filho. O pai pegou-a em casamento, e arrastou com ele pra tudo quanto era colina da Grécia, o filho ia atrás a cabeça abaixada e os três iam fazendo compras e fazendo vendas... Depois de algum tempo o filho come essa mulher, que por sinal é esquisita a vera, e o pai fica sabendo, e fica putarasso!! O pai descobre eles e dá um empurradão no filho e começa a espancar a mulher, e o filho, que tava caído num canto levanta e tenta impedir o pai e o segura e bate no próprio pai. A mulher esquisita começa a gargalhar altíssimo e o pai quando viu o filho traidor agora esmurrando, o pai começa a agredir o filho e, num ataque de fúria, o mata. A gargalhada se intensifica ao ponto de o pai cair na realidade e se tocar. Depois de rir, ela se levanta e revela ser a grande morte, a morte sedutora a morte trágica a morte violenta. aí acaba

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Não sei escrever. Não faço poesia. Não faço prosa. Não sei pintar. Não faço música. Não enxergo cores. Não ouço notas. Não tenho expressão. Não interpreto. Não tenho mãos. Não tenho pensamentos. Não tenho sensibilidade.

-Eu sou a arte.
E ainda querem ficar me definindo e redefinindo todos os dias.