domingo, 3 de julho de 2011

Máquina

Macunaíma triping around


trens descarrilam
carros capotam
cedês arranham
lâmpadas queimam
cigarros ardem
e viram cinza
roupas desgastam
comidas se come
(e se caga)
meu corpo acaba
o salário acaba
a gasolina acaba
a esperança
a paciência acaba
a paz se desfaz
tão mais facilmente
que se fez
a poesia

é a única máquina que nunca pára.

sábado, 2 de julho de 2011

contato



Não espalha
é que eu to vendendo
dose de amor barato
docinho
amargo
(1 é 5 3 é 10)
em qualquer esquina
do Baixo Gávea;
pode ser menina, menino
mulher senhora...
é que eu também tenho vida
pra levar
sonho
constituir família
– não espalha.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

DO CONTRA POEMINHO


Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passaralho!