domingo, 3 de julho de 2011

Máquina

Macunaíma triping around


trens descarrilam
carros capotam
cedês arranham
lâmpadas queimam
cigarros ardem
e viram cinza
roupas desgastam
comidas se come
(e se caga)
meu corpo acaba
o salário acaba
a gasolina acaba
a esperança
a paciência acaba
a paz se desfaz
tão mais facilmente
que se fez
a poesia

é a única máquina que nunca pára.

Um comentário:

Maria Izabel disse...

cada dia vc brilha mais