terça-feira, 2 de março de 2010

Desimportâncias Essenciais

Besouro rola-bosta,
mesa posta,
mananciais.
vagalume andarilho - pequeno fogo-fátuo
pedras sussurrantes
promessa de amor descumprida.
momentos a que pertenço.

E bradam os sábios:
bastam cem anos,
cem anos!
para que se vejam
impérios surgirem e ruírem,
para ser excomungado
ou extraditado,
para criar fortuna, desafetos ou gado.
Bastam cem anos
para colher lágrimas de tordo,
cem anos pra capturar um leprechaun
ou conquistar uma ninfa.

Mas e eu,
pequeno que sou,
ínfimo,
tímido,
sem 12 trabalhos pra realizar
ou países pra conquistar
ou cem anos pra viver...
que faço de mim?

Minhas desimportantes desventuras carecem de glamour.

Um comentário:

Unknown disse...

puta que o pariu, dudu. é um dos melhores poemas desse blog, tá muito bom mesmo. o ritmo, por mais absurdo e irregular flui muito bem,se encaixa perfeitamente, o tema, o estilo narrativo dos versos, enfim , nem sei oq dizer