terça-feira, 15 de novembro de 2011

Soneto Romântico

(para Ana Maria)


ai, o meu amor é tão clichê
e gruda que nem chiclete
pela primeira piriguete
que pinta no pedaço;

e eu nem cobro cachê
pra aparecer de otário
na revista ou na tevê
(ao lado de um papagaio...)

ai, meu coração virulento
expande franco desalento
no universo virtual

meu amor é tão clichê, ai,
tão band-aid
– gruda e dói pra tirar


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