O que parece ocorrer na leitura de (Vidianas)? O “eu” do poema se põe – não perto, não em proximidade, mas como se fosse o próprio leitor.
“eu estou lendo essa frase;”
Verso, mas também a penetração de um atrevido poeta na ação de ler de seu leitor; o leitor e o eu-lírico se entrelaçam, quase são o mesmo – será apenas quase?... Na proposta da dissolução desse quase, da consubstanciação do “eu” do poema com o leitor se inicia e se estrutura o poema, nesse um só “eu-leitor”. Os quatro primeiros versos prosseguem, aprofundam essa metalinguagem que sustenta a união. E da confluência do “mesmo” que decorre dessa ação de leitura mental o poeta nos conduz, não pelos ouvidos, mas nosso próprio ler conspira para isso, a desembocar também numa mesma perplexidade – a da palavra, do significado, da própria poesia –, de nas próprias coisas, na tinta sobre o papel, conter algo que não somente isso – como o atesta o próprio poema, consagrando toda a metalinguagem de que o poema faz uso.
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O que parece ocorrer na leitura de (Vidianas)? O “eu” do poema se põe – não perto, não em proximidade, mas como se fosse o próprio leitor.
“eu estou lendo essa frase;”
Verso, mas também a penetração de um atrevido poeta na ação de ler de seu leitor; o leitor e o eu-lírico se entrelaçam, quase são o mesmo – será apenas quase?... Na proposta da dissolução desse quase, da consubstanciação do “eu” do poema com o leitor se inicia e se estrutura o poema, nesse um só “eu-leitor”. Os quatro primeiros versos prosseguem, aprofundam essa metalinguagem que sustenta a união. E da confluência do “mesmo” que decorre dessa ação de leitura mental o poeta nos conduz, não pelos ouvidos, mas nosso próprio ler conspira para isso, a desembocar também numa mesma perplexidade – a da palavra, do significado, da própria poesia –, de nas próprias coisas, na tinta sobre o papel, conter algo que não somente isso – como o atesta o próprio poema, consagrando toda a metalinguagem de que o poema faz uso.
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