A distinção entre amor e sexo é tão em voga quanto hedionda. E, se concebível fosse, aleijaria o primeiro e deturparia o último.
Sexo sem amor é pura experiência masturbatória, alicerçada apenas pelas vaidades e inseguranças humanas. Perde seu sentido mais profundo – único, ousaria dizer.
Amor sem sexo, por sua vez, não só existe como é fomento indispensável da vida. Não obstante, extirpar-se-ia seu ramo mais profundo e misterioso.
O amor metamorfoseia-se de diversas formas; indiscutível. Assim como o expresso em palavras, há aquelas demonstrações mais ou menos concretas, mais ou menos explícitas, mais ou menos realistas.
Pressupondo-se que o amor está presente desde os primórdios, anterior à escrita, às cidades e às palavras - axioma que não abro mão - tinha ele que se expressar de alguma forma.
O sexo era seu código único e sagrado. Por conseguinte, eram dois elementos indissociáveis. Na realidade, um elemento só.
Aqueles tempos em que a linguagem universal era os instintos levam-me à conclusão: o sexo é a linguagem instintiva do amor.
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5 comentários:
Gigante, só acho que você deveria ser menos duro com seus textos. Menos rígido.
Menos rígido com o interlocutor também.
quando eu leio teus textos eu imagino perfeitamente você falando.. é proposital? vc concorda?
Vc não é a primeira pessoa a me dizer isso...
Porque essa impressão?
pode ser o contrario também, você fala como escreve.. nao sei, acho que é a objetividade, o compromisso com a clareza, essas coisas
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