As velas
não se perguntam por que queimam,
o ser do seu brilho,
da dor do fogo
nada sabe a vela;
não sabe a vela
que quanto mais brilha
mais escuro fica
o escuro
e quando brilha pouco
cada vez menos,
não brilha
até que se apague
antes do tempo;
há pouco era enorme,
e agora já vai curta...
e mesmo se perguntassem
no mais fundo,
ainda assim,
do pavio
haveria (e hão!)
de sempre e até o fim, brilhar.
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