segunda-feira, 15 de junho de 2009

Analisando: Pânico na floresta 2;
ou A condição humana

O enredo do filme Pânico na Floresta é simples, a trama, um grupo de jovens viaja para o interior, com a finalidade de participar de um reality show. Este simularia o apocalipse, assim impelindo os participantes a situações delicadas.
Com o passar do tempo os até então desconhecidos formam as primeiras alianças, particularmente. Mas descobre-se que eles não estão sozinhos, e que uma família de deficientes físicos e mentais caçava-os para se alimentarem. Esta família, que ora antes de cada refeição, que é religiosa, representa a conservação, o impulso, instintivo, talvez; o profundo.
Os jovens participantes, por sua vez, possuem como significação metafórica a racionalidade, a ponderação, as formalidades.
O confronto do filme é este, em verdade: a razão perseguida pelo animal. O irracional surgindo das profundezas, tomando a situação. A produção do programa é morta. Não há mais controle, as criaturas dominam.
As cameras utilizadas pelo reality show nos mostram a perseguição como assistiria um telespectador; como quem torce e se emociona. Experimentar tal angústia, ver-se encurralado por toda parte.
A civilização emboscada pelo selvagem, e, para sobreviver, selvagens nos tornamos. Viramos o que matamos. E o ciclo se completa.
A luta começa outra vez.

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