sábado, 22 de janeiro de 2011

Umbigo


Quando tudo, tudo mesmo
mesmo a lua, mesmo o céu
e as estrelas
Quando tudo, tudo mesmo
é tão só, tão simples
mera combinação de possíveis
Resta à alma derradeira, ele
o único
remanescente
transcendental mistério da natureza:

o umbigo.

Quanto não há de saudade
em tudo quanto lhe falta?
Quanto de sua ausência
não nos consome (ou alimenta)?
Pois umbigo, o que é
em sua essência
senão de nós o que sentimos falta...

Restará ao umbigo alternativa possível
que não vislumbrar
extremos inatingíveis?

Nenhum comentário: