segunda-feira, 19 de abril de 2010

Humanos

Aquele que sempre sorri
É feliz ou infeliz?
Ou esconde com gentileza
A sua secreta tristeza?

Aquele cujo coração morre lentamente
Enquanto vive, é infeliz?
Vive sem emoções, estas seladas,
Mas ainda as tem, trancadas.

Aqueles que fazem promessas,
Caminham juntos, cada um em sua rota
Apostam nessas idéias,
Se apaixonam; felizes?

Aquele que luta contra o passado
Vive uma ilusão ainda mais forte,
É infeliz. Problemas passados diferem de sonhos?
É feliz.

Aqueles que no longo e contínuo caminho do tempo
Nascem, riem, choram, lutam, sofrem;
Festejam, lamentam, odeiam, amam
Mudam. São transitórios.

Aquele que dramatiza
Ou decora fatos com rosas
Falsas ou verdadeiras
O que são?

As mentes que, como os tempos, estão confusas
Que rumo tem?
Perdidas e infelizes. Em um mundo feito para elas,
Se encaixam perfeitamente: felizes.

Os que escolhem suas vidas
E vivem como são
Felizes,
E dispensados pelos céus.

Os que tem a íris sempre úmida
E pensamentos induzidos por tragédias
Ou comédias. Não se surpreendem
Não se arriscam; infelizes. Infelizes?

Os que acreditam em uma única verdade
Fadados a limitados sentimentos
Não tiveram dúvidas, nem se arrependem
Infelizes felizes.

Os que compartilham a dor e o desaparecer
Aceitam e sentem a força
E a determinação do mundo
Que não precisa deles.

Eu sei que eles sabem,
Só talento não basta para sorrir
As flores são belas quando nascem
Mas também quando caem.

Nenhum comentário: