Outro dia li que o cigarro é a ampulheta dos tempos modernos, achei a ideia muito interessante, mas não foi até outro dia que vi ela sendo totalmente funcional, pelo menos para mim.
Sempre antes de dormir me levanto da cadeira e fumo um cigarro na janela. Enquanto fumo admiro as poucas luzes restantes nos predios e os poucos carros passantes na avenida ao lado, visão está que contrasta gritantemente (por seu silencio) com a paisagem tão cheia de vidas e luzes que era a mesma ah algumas horas atrás. Enquanto admiro, penso, penso que sou louco, penso nos problemas da vida, penso nas risadas amigas e no trabalho que ainda tenho pela frente. Enquanto penso, percebo o que fiz de bom e o que fiz de errado, o que não deveria ter feito e o que me arrependeria se não tivesse. Percebo que preciso melhorar, junto com todo o resto do mundo.
Alguns minutos depois o cinzeiro está cheio e a ambula superior está vazia. Finalmente chega minha hora, o momento que eu evitei ao maximo que se consumasse, a hora de abandonar a serenidade inebriante da noite, somente para acordar pouco tempo depois na sobria claridade de mais um dia.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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3 comentários:
muito foda!!!
thomaz moh mascarado... se finge de fanfa quando é um filosofo-profeta-poeta.
lindo, o tema e a escrita!
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